Em
22 de agosto de 1978, foi ao ar Theodorico, o Imperador do Sertão,
dirigido por Eduardo Coutinho. Exibido como um Globo Repórter Documento,
o programa era centrado no personagem que dá título ao documentário, o “major”
Theodorico Bezerra, ex-deputado federal e vice-governador, além de presidente
do Partido Social Democrático (PSD) do Rio Grande do Norte, e que, aos 75 anos,
ainda exercia um total domínio sobre suas terras e as pessoas que o cercavam.
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O
cineasta viajou para a fazenda de Irapuru, a 100 quilômetros de Natal, para
traçar o perfil de Theodorico. O filme tinha muitos planos longos e a narração
era do próprio Theodorico falando diretamente para a câmera e comandando as
entrevistas. Eduardo Coutinho havia ficado incomodado com as intervenções do
patrão durante os primeiros depoimentos dos empregados e decidiu dar a ele o
posto de entrevistador, um recurso que serviu para expor as relações de poder e
explicitar o autoritarismo. O resultado é um retrato bastante vívido do
coronelismo
FONTE
– MEMÓRIA GLOBO
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